Hoje eu tive um sonho que me fez acordar muito feliz!
Sonhei que eu estava na Avenida Paulista, em São Paulo esperando um ônibus fretado que me levasse para casa. Chegou este ônibus da CVC, novo e maravilhoso no ponto. Entrei cansado pelo dia de trabalho e segui viagem...
O curioso é que o motorista era meu amigo, pois já havíamos trabalhado juntos anteriormente, quando eu comecei como guia de turismo no início dos anos 80 pela Panorama.
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| Eu e meu amigo motorista com o ônibus da Panorama |
Trabalhar na Panorama Turismo foi uma das experiências mais proveitosas profissionalmente. Além de ter feito muitos amigos, conheci diversos lugares e pontos turísticos no Brasil, o que me enriqueceu muito. Foram muitas viagens, e grupos distintos, com turistas de todas as classes sociais, costumes e culturas diversas.
Segui a viagem, certo de que estava voltando pra casa no meu ônibus fretado, maravilhoso e moderno. Após um papo rápido com meu amigo motorista, me sentei nas primeiras poltronas, e acabei cochilando.
Acordei assustado com o meu amigo (discretamente) me avisando que havíamos chegado! Estranhei o pouco tempo pra chegar em casa, mas na verdade nós chegávamos em Vila Velha, ES. em um dos pontos turísticos de grande importância na cidade.
O Convento da Penha é um dos Santuários mais antigos do Brasil, localizado no município de Vila Velha, Espírito Santo e situado no alto de um penhasco, a 154 mts de altitude, sendo uma das igrejas mais antigas do Estado.
Ali do alto, eu me vi com um grupo de turistas, explicando os pontos da cidade e suas praias, pois a vista é maravilhosa!
O mais curioso deste sonho, é que ao adentrar no Convento, eu estava na Capela Sistina, no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na cidade do Vaticano. Famosa pela sua arquitetura inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintadas pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Rafael, Bernini e Botticelli.
Pela ponta dos dedos não conseguia pensar em mais nada a não ser a Criação de Adão, obra de Michelangelo, que ilustra o teto da Capela Sistina.
Obs: A Capela tem esse nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 a 1480.
Terminamos a visita, após boas informações, novas amizades, muitas fotos e incrivelmente com o mesmo grupo brasileiro. Embarcamos em nosso ônibus para seguirmos viagem, e neste momento eu já representava o guia, e era responsável por todos. Fiz a contagem dos passageiros como era de costume, estando todos presente, partimos.
Logo estávamos na estrada, mas não era na Itália e sim outro pais, que eu ainda não havia identificado. Servi uma água e um cafezinho, e continuamos.
Os sonhos são ótimos, pois saímos de um lugar para o outro num piscar de olhos.
Chegamos ao Porto, Portugal. É muito bom sonhar!
A cidade do Porto é a maior cidade, depois de Lisboa, em Portugal. Porto é muito menos conhecido do que Lisboa, que é uma vergonha. Porque a cidade tem tudo que você precisa para uma cidade bem sucedida. Esta é a Ponte Luis I, popularmente conhecida como Ponte D. Luis e é uma ponte de estrutura metálica com duas pistas, superior e inferior, construídas entre 1881 e 1888.(consecutivamente) e liga o Porto a Vila Nova de Gaia, onde estão as famosas vinícolas do Porto.
Neste momento, eu já estava sozinho, apesar de chegar com o grupo. Fui recebido na cidade pelo meu amigo Fernando, que há muitos anos não vejo.
Como eu gostaria de ter notícias dele e seus pais, que me trataram como membro da família durante a minha estadia em Portugal, a nossa terra mãe, e minha origem paterna.
Saímos para um passeio na cidade, e fomos rever o Largo da Batalha, que segundo diz a tradição no século X este local foi palco de uma grande batalha entre os sarracenos de Almançor e os habitantes do Porto que acabaram por sair derrotados, originando o arrasamento da cidade.
A Praça é desde 1866 é dominada pelo monumento a D. Pedro V. Ali na Praça está também o Teatro Nacional São João, o Cine-Teatro Batalha e o Palácio da Batalha, o antigo edifício da Portugal Telecom, que vai ser ocupado por um Hotel de Charme com 107 quartos, restaurante e esplanada, e o projeto deve estar concluído em 2014.
Ponto central interessante e de suma importância histórica para a cidade .
Embarcamos novamente, e neste momento percebi que o grupo que estava no ônibus era grande parte da minha família.
Tios, primos e irmãos estavam nele, e me fez lembrar uma viagem que fiz a Sete Quedas na cidade de Guaíra, Paraná e fronteiriça ao Paraguay antes de ser tomada pelo lago de da Usina hidrelétrica de Itaipu.
Me lembrei que levei minha família em uma excursão, na qual eu era o guia.
A viagem era para conhecer e dar o "A Deus" ao Salto de Sete Quedas (também chamado Salto Guaíra) que era a maior cachoeira do mundo em volume de água, e que desapareceu com a formação do lago da Usina hidrelétrica de Itaipu.
O passeio pelo parque Sete Quedas, era feito pela travessia de pontes como estas das fotos e que apesar do nome eram constituídas por 19 cachoeiras principais, sendo agrupadas em sete grupos de quedas, porém há quem diga que eram constituídas de mais de trezentas cachoeiras (carece de fontes?)
No entanto resquícios delas aparecem quando o nível de água da usina está baixo.
Ao chegar no estacionamento, notamos que ele não estava lá.
Meu amigo motorista o havia levado para lavar e abastecer, então resolvi acomodar o grupo, que já estava faminto e sedento para almoçar. A mudança de planos foi maravilhosa, pois encontramos nesse restaurante uma boa comida e um grupo de músicos paraguaios fazendo um show típico de harpas e boa música. Tocaram "Menino da Porteira", "Gyra Campana", "Galopeira", "Luar do Sertão", dentre outras.
Um espetáculo a ser lembrado!
Mesmo não tendo o devido destaque na grande mídia, a música do Paraguai influenciou demasiadamente nossos compositores nacionais. Por causa dessa influência a produção musical sul-mato-grossense é diferenciada. Artistas como Paulo Simões, Geraldo Roca, Geraldo Espíndola e Almir Sater flertam com guaranêas, polcas e chamamés, misturam o guarani com o português e utilizam fatos da história como inspiração.
Exemplos não faltam! Rio Paraguai e Polca Outra Vez de Geraldo Roca, por exemplo, ou Sonhos Guaranis de Almir e Paulinho, música em que a dupla de compositores se refere a Mato Grosso do Sul como a "fronteira em que o Brasil foi Paraguai".
Após o calor, o bom ar condicionado do restaurante, a boa comida brasileira e a ótima música paraguaia a nossa viagem prosseguiu rumo ao sul do Brasil. Podíamos sentir o friozinho e a neblina da serra ao entrar no próximo Estado de Santa Catarina. Aos poucos fomos nos afastando de Guaíra e me lembrei que não havia nenhuma serra por ali.
Colei meu rosto no vidro para identificar alguma placa na rodovia, um ponto de reconhecimento qualquer mas a neblina estava muito densa e a velocidade do ônibus bastante reduzida. Tomei um susto quando vi um enorme Alce na beira da estrada. Como poderia?
Não temos esses animais no Brasil, então redobrei a atenção para saber qual o destino nos era reservado. Nesse momento poucos passageiros estavam acordados, afinal um bom cochilo depois do almoço sempre vai bem!
A História deste sonho ainda não terminou, não percam a continuação em breve...
