sábado, 4 de março de 2017

Coisas que aprendi em meus primeiros anos de motocicleta...

A moto pra mim sempre foi uma paixão, mesmo quando estava longe de poder comprar uma, jamais deixei de admirar aqueles que tinham a sorte de poder pilotar nas estradas e jamais deixei de sonhar como seria quando meu sonho se concretizasse.
Aqui reuni 7 coisas que aprendi desde quando realizei meu sonho de comprar uma moto até hoje:

1. A vida nunca mais será a mesma

Muita gente compra uma moto pensando que pode ser uma coisa bacana, divertida, ou até como uma forma de se autoafirmar ou fugir da rotina. Mas depois acaba percebendo que realmente não há nada comparado com a sensação de pilotar uma motocicleta. Sério. Às vezes até acho que acabo repetindo isto demais por aqui, mas é verdade; é bom pra caramba. 

A experiência traz uma sensação de infinitas possibilidades. Não importa o quão trivial seja o destino, andar de moto sempre traz a sensação de viver uma aventura.

2. Aprendi a amar a minha moto como um ser vivo

Motociclismo é uma experiência assustadoramente emocionante, que une piloto e motocicleta, como a de um cowboy e seu cavalo. 
Você até pode comprar sua moto pensando nela como um veículo, porém quanto mais tempo vocês dois passarem juntos, mais você a verá como uma grande amiga. Eu até já dei nomes para as minhas motos, como Popopó e Senhora japonesa; meus amigos também são adeptos, tem a Madona, a Carmela e uma série de outras mais que quase sempre viajam juntas. Toda boa motocicleta deve ter um nome e receber cuidados especiais, afinal é com ela que você irá contar quando estiver longe de casa.



3. Cada estrada tem uma personalidade

Motociclistas experimentam o mundo ao seu redor de uma forma que motoristas não conseguem. Desde o guidão até os alforges, nós, motociclistas sentimos a estrada sob nós. Aprendemos a respeitar as sutis diferenças, quilômetro após quilômetro. Após cada trajeto vivenciado, sabemos onde estão os buracos e onde a pista fica lisa no caminho de volta (quando voltamos pelo mesmo caminho).


4. A disciplina de estar “presente”

Viajar de carro pode ser uma tarefa quase que automática, você freia quando tem carro na frente, ultrapassa, acelera e conversa com os passageiros. Raras são as exceções em que se para para prestar atenção ao seu redor.
Viajar de moto traz aquele lance de estar ali, naquele local, naquele momento. Vivendo o presente e sentindo todo o ambiente ao seu redor, fazendo parte de toda paisagem.
5. Carros (muitas vezes) não te enxergam
Como eu disse anteriormente, dirigir é uma tarefa que se faz quase que automaticamente e muitos motoristas não andam e nunca andaram de moto, por isso negligenciam pontos cegos e fazem ultrapassagens muito próximas a nós, sem contar quando eles simplesmente negligenciam todo o resto da estrada, ignorando até mesmo outros carros, caminhões e ônibus. Portanto pilote com a cautela de não estar sendo visto corretamente.



6. Carros diminuem a velocidade (sem motivo) o tempo todo

Nunca falha. Sempre me pego atrás de uma fileira de 20 ou mais carros andando na pista da esquerda à uma velocidade média bem abaixo da permitida. Sempre fico atento à alguma blitz ou acidente, mas aparentemente faz parte do passeio destes, imitar o amiguinho lento à frente. Vai entender.


7. Você não é apenas um motociclista, você é parte de uma família.

Cada motociclista que encontro é mais do que apenas um conhecido, porque sempre temos muita coisa em comum, seja a vontade de ser livre ou a paixão pelas motos. Qualquer um de nós que já se viu viajando sozinho, sabe como é confortante encontrar um motociclista desconhecido para conversar ou pedir ajuda.
E você? Há quanto tempo anda de moto? O quê já aprendeu desde então? 
Compartilhe e deixe suas experiências nos comentários com a gente!

Estrada é a meta!

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