A morte da vaca!

É tempo de meditar sobre a “Morte da vaca”. 

O que é isso? 

Eu explico, contando uma história.

Certo dia um homem disse ao filho para ir com ele dar um passeio. Ao fim do dia, encontraram uma aldeia e o pai já cansado disse ao filho que deveriam passar a noite por ali, pois já era tarde para regressar para casa. Dirigiram-se então a um casebre e pediram para deixá-los dormir ali.

O dono disse que sim, mas eram pobres e não tinham camas para eles. Por isso, só se dormissem no chão. Então o homem pediu que os deixassem dormir na palha do estábulo, pois era melhor que dormir ao relento.

Assim foi, e antes de se recolherem para dormir o forasteiro conversou um pouco com o hospedeiro, perguntando de que viviam. Ele respondeu humildemente que viviam do pouco leite que ordenhavam de uma vaca. Depois de vendido, dava para sustentar os sete elementos da família que viviam pobremente.

Na madrugada o homem acordou seu filho e disse-lhe para irem embora, silenciosamente, a fim de não acordarem aqueles que os acolheram tão bem.

Ao saírem de casa, viram uma grande extensão de terreno abandonado onde estava amarrada uma vaca. Então o homem tirou do bolso um punhal e matou a vaca. O filho ficou indignado, mas o pai ainda o repreendeu, mandando que se calasse.

Passado bastante tempo o pai perguntou ao seu filho se ele se lembrava da casa onde tinham pernoitado aquela vez, pois gostaria de visitar os moradores. Assim fizeram e depois de procurarem muito, o pai apontou para uma casa. O filho discordou, pois a casa indicada pelo pai, não era um casebre, mas uma casa luxuosa.

Bateram à porta e com surpresa mútua, deram de cara com os seus hospedeiros. O proprietário muito satisfeito por vê-los, disse que tinha uma coisa muito importante para lhes contar.

Sabe, disse, no dia em que foram embora, alguém matou a nossa vaca e ficamos sem saber o que fazer na vida. No meio daquela aflição, reparamos que o terreno que tínhamos era nosso; limpamos, semeamos, e agora temos uma tal produção que até exportamos para o estrangeiro os frutos e vegetais que colhemos. Estamos imensamente gratos a quem matou a vaca, pois com isso a nossa vida mudou para muito melhor.

Despediram-se e então, o pai disse para o filho: 

Percebeu por que matei a vaca? Estavam acomodados, incapazes de dar um passo em frente para melhorar a sua situação. Temos obrigação de pensar que dentro de cada um de nós existe um ser guiado por Deus que pode crescer e chegar longe.

É caso para se dizer: Há momentos em nossas vidas que devemos seguir adiante, mudar nossos passos, não haverá por aí ninguém que nos mate a vaca? Talvez assim saiamos da moita…e seguimos nossas vidas para uma evolução pessoal.

Mudanças são necessárias, fechamos ciclos, devemos crescer com nossas experiências e não simplesmente nos acomodarmos com situações passivas de pena.

Sigam em frente... e boa sorte!

Silêncio !

O amanhecer é silencioso e lindo!

O silêncio da noite é interrompido por pássaros ou alguns poucos veículos.

Claro que só noto isto, quando eu tenho tempo para desfrutar da sua beleza.

Hoje em plena folga, acordei no horário de sempre. Os afazeres, os mesmos...

Quero aproveitar o silêncio da casa neste dia e, deixar mais alguma lembrança.

Nas minhas andanças, em busca de paz interior. 
Eu percorri muitas estradas,

Conheci muitas filosofias, muitas religiões e crenças.

Sou Católico Romano por formação, mas sempre tive paixão por conhecer outras culturas. Fui batizado na Igreja Católica, como quase todas as crianças da minha família. Estudei em Escolas particulares e de Padres, portanto não deveria criar esta abertura para as novas religiões. Mas nem tudo é perfeito...

Com a uma certa influência espírita na família, acabei conhecendo o Kardecismo e sua crença. O espiritismo neste conjunto de doutrinas espiritualistas, acreditam na possibilidade de comunicação com os espíritos através de médiuns. Este termo também se refere ao culto religioso que pratica esta doutrina.

Seguindo esta linha, acabei conhecendo e convivendo com pessoas que praticavam um outro lado do espiritismo. O Candomblé e Umbanda, trazidas pelos escravos da África e que tem suas diferenças mas eu não vou entrar neste mérito, e sim salientar que existe uma confusão geral na cabeça das pessoas com relação a religião. Cada um faz a sua, como bem quer, ou como bem entende que deva fazer (a tal da verdade absoluta) o que o guia do babá ou da babá de terreiro disser, é que é o certo e pronto. Será ???



Participei da Cultura Hare Krishna, e a sua consciência de Krishna (Deus), assim como foi revelada nas grandes escrituras da Índia, unindo assim os membros da sociedade e tornando-os mais próximos de Krishna (a entidade primordial). Isto faria com que cada alma (tanto dos membros, como da sociedade) fizessem parte integrante de Krishna;

Cheguei a ser batizado pelos Mórmons, fundada por um homem chamado Joseph Smith. Ele afirmava ter recebido uma visita pessoal do Deus Pai e de Jesus Cristo e disse que todas as igrejas e as suas crenças eram uma abominação. O problema com o Mormonismo é que ele contradiz, modifica e expande a Bíblia. 

Os cristãos não têm razão para acreditar que a Bíblia não é verdadeira e adequada. Acreditar e confiar verdadeiramente em Deus significa acreditar na Sua Palavra. E toda Escritura é inspirada por Deus, o que significa que ela vem Dele.

Andei passeando de tempos em tempos por estas filosofias religiosas sem perder o foco no Catolicismo. 

Me recordo de uma fase difícil em Londres, em que eu buscava de qualquer maneira uma sociedade mais justa para viver. Me deixei levar pelos ensinamentos desta última religião. Participava de seus cultos aos domingos, recebia seus jovens missionários em casa para longas conversas informais (as vezes contra minha vontade). Fiz boas amizades na Igreja, mas pouco me lembro deles. Fui batizado, imerso em uma pequena piscina dentro do templo. Por um certo momento, pensei que eles iam me afogar. 

Eu sei que tudo não passou de um aprendizado natural, ciclos da vida que todos passamos e nos torna o que somos atualmente.

Revendo minha história as vezes, penso que eu poderia ter sido qualquer coisa nesta vida, poderia ter me perdido no mundo das minhas aventuras e solidão, mas realmente devo agradecer a Deus pela minha formação familiar e religiosa e, por me tornar este que sou hoje.

Cheguei a conhecer algumas outras crenças, relacionadas aos Druidas, aos Celtas.

 Para os celtas, o mundo estava em constante transformação, noção baseada na experiência de observação e de adoração da natureza; o importante é o presente, o momento, a harmonia e a saúde do corpo e do espírito.

Fé em Deus foi o que eu aprendi percorrendo o caminho das religiões...

Todas estas crenças me mostraram o ponto que elas tem em comum...

O AMOR AO PRÓXIMO, RESPEITO AOS SERES VIVOS!    

Sou um sujeito muito feliz que tem uma família, embora distante, pois nesse momento, passamos por certas distorções e dúvidas, dificuldades financeiras, mas que de uma forma geral nos faz crescer e nos unir ainda mais. 

  

Que minha coragem seja maior que meu medo e que minha força seja tão grande quanto minha fé.

Sorria, você está na Bahia !!!

Meus caros, 
Quero lembrar na data de hoje, o aniversário de um grande amigo! Edson, não vou falar a sua idade para não comprometer a minha, mas vale lembrar o tanto que já vivemos...
Vou apenas contar uma história baiana.






Viajamos juntos para maravilhosa Bahia. Salvador, aliás São Salvador, capital da Bahia que foi a primeira capital brasileira, também conhecida por suas belas praias, e a coisa mais importante é o seu povo, alegre, festivo e trabalhador...Será? 

Embora a intriga diga que não, trago as minhas dúvidas...

Não será preciso repetir o bom humor dessa gente, e os inúmeros jargões e frases típicas deste Estado! Claro que não! O comentário de hoje é a respeito de uma lembrança, que me trouxe muita alegria e saudade.

Viajamos para passar o espetacular Carnaval, e durante o dia não fazíamos nada mais, nada menos, do que ir a praia, pegar um sol escaldante, sem medo de queimar... 


Freqüentávamos esta praia do Porto da Barra, uma piscina natural na época.





Todos sabemos da figura típica da Bahia, a baiana do acarajé, que até hoje vestem-se a carater com roupas em geral brancas ou coloridas, torços de seda na cabeça, colares, brincos. As baianas do acarajé “nasceram”, pós abolição da escravatura quando as ex-escravas precisavam ganhar dinheiro para se manter, e muitas delas, excelentes cozinheiras faziam seus quitutes e levavam às ruas para vender, e isso acabou sendo uma marca registrada da Bahia.






No meio desta multidão de banhistas saíamos em busca de algo para comer...
Fazia um sol de "rachar o coco", e devia ser por volta da uma da tarde...
Imaginem vocês...uma baiana, típicamente trajada, com todos seus adereços...e tudo mais...


Como um urso grande, peludo e gordo !!!
Hibernando ao sol...
Sentada em frente a um tabuleiro de acarajé...
Acalentada pelo óleo da fritura..."soando as bicas"...
Olhos levemente fechados...murmurou com seu sotaque peculiar, curioso e divertido ao nos aproximarmos desta figura lendária...
Ela sem se mexer...e com os olhos entreabertos...sussurou em voz baixa...para que nem ela mesmo, incomodasse o seu sono... e nos disse:

NÃO FAÇA ISSO NÃO MEU FILHO, 


PEÇA A BAIANA AO LADO...

Nem é necessário dizer o espanto e a surpresa que tivemos ao perceber aquela situação divertida e curiosa...a baiana não se mexeu nem um momento...não se importou com a nossa presença...simplesmente continuou com sua soneca "Post meridiem" (depois do meio-dia) ou melhor "Após Meio Dia"...e porque seria diferente...

AFINAL: SORRIA VOCÊ ESTÁ NA BAHIA!

Só tenho a agradecer a hospitalidade de seu povo alegre e encantador, que não mediu esforços para nos receber muito bem, sempre dispostos a se divertir...Obrigado Salvador, Bahia!  

Um velho convite ao Japão.

Em algumas fases da vida todos passamos por "Blackouts", e neste momento, eu estou  vivendo um...
Indignado e muito triste com os acontecimentos no Japão.
Estes fatos me abalam em demasia,
Sou um ser apaixonado por culturas diversas.

Não posso nem pensar em minhas histórias, imaginando as grandes dificuldades desta gente tão civilizada, 
Morando em abrigos improvisados, 
Vivendo em silêncio com suas famílias as incertezas dos dias...
Um país que decidiu abolir a guerra após a trágica Bomba Atômica, covardemente dirigida a sua civilização. 
Inocentes morreram ou viveram para sempre incapazes de ter uma vida sem traumas.

Hoje, deixo meu carinho e a lembrança ao meu amigo japonês, nikkei, nissei, sansei, yonsei... e a sua geração que foi dizimada numa guerra injusta ou nesta  catástrofe natural.  
Muito gostaria de ter podido aceitar a um convite de ir ao Japão visitar e conhecer mais de perto sua cultura, suas paisagens, sua fé e a força determinada de sua gente.


Infelizmente não foi o momento apropriado e não pude viajar, mas tenho imagens guardadas para sempre no coração, e não consigo imaginar o sofrimento daqueles que perderam parentes e amigos, vizinhos e colegas de trabalho. 

Meus verdadeiros sentimentos a esta Nação de Guerreiros e Samurais. Honra. Justiça. Perfeição. Lealdade. São algumas das palavras associadas a estes Samurais, a classe guerreira do Japão feudal e até hoje, sua influência é sentida no modo de viver e de pensar do povo japonês.

Vou publicar nesta edição algumas poucas fotos que representam a organização de seu povo, as belas paisagens que ainda hei de conhecer... 







O Japão é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico. Os caracteres que compõem seu nome significam "origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".











Castelo Himeji, patrimônio da humanidade e um dos tesouros nacionais do Japão,  


também conhecido como Hakurojō ou Shirasagijōdevido ao seu brilhante exterior branco, é um complexo palaciano com 82 edifícios de madeira, localizado na cidade de Himeji, Província de Hyogo, no Japão. 

Os trens de alta velocidade ganharam o apelido de trem-bala no Japão, por causa do formato do trem e de sua rapidez. A frente é alongada, lembrando uma bala (munição para armas de fogo). 

A primeira ferrovia para trens de alta velocidade deste país ficou pronta em 1964, em tempo para as Olimpíadas de Tókio. Por estar em uma área onde moram muitas pessoas, o trem se mostrou economicamente viável desde sua criação.

Não quero prolongar este fato tão triste e tão pouco ser demagogo, mas quero lembrar a importância dos nossos aprendizados. 

Uma cultura milenar como esta, sendo posta à prova novamente pelas forças da impetuosa natureza. Acredito que tais acontecimentos só podem trazer maiores benefícios se aprendermos com eles. 

Espero que todos nós possamos ter tirado também uma nova lição.

私は再び神のテストに置く日本の人々に私の祈り、私の愛と共感を作りたい。アーメン！

Quero deixar minha prece, o meu carinho e solidariedade ao povo japonês, que mais uma vez é posto à prova Divina. Amém!

Não tem violência em Londres...?

Quando vejo as notícias sobre a nossa violência urbana, procuro lembrar de fatos similares nos jornais britânicos. 
Não digo que "não" exista tal coisa. 
Ela existe, numa proporção muito menor. Claro!
Lembrei de uma situação única acontecida comigo mesmo.




- Era época de Natal, e eu havia trabalhado nesta noite.




O dono do Restaurante Italiano, que ficava em "Queensway" nos presenteara com uma garrafa de vinho e um bom "panettone". 
Estávamos muito bem, por causa das boas gorjetas e do pagamento feito naquela hora.




Nós todos, funcionários, já tínhamos bebido bastante comemorando assim as festas de fim de ano, e eu em particular o meu aniversário quando nos despedimos. 


Era tarde da noite, e eu resolvi voltar para casa caminhando, apesar do frio. 
A segurança em Londres é algo natural e eu não poderia nem imaginar o que estava prestes a acontecer. 



O "underground" ou "tube", já estava fechado, e os ônibus demoravam muito na madrugada, principalmente em vésperas de feriado. Decidi ir a pé.











Nesta época eu morava em "South Kensington" e para chegar lá, eu precisaria atravessar o Hyde Park, ou Kensington Gardens, (os jardins do palácio), onde morava o príncipe Charles e sua família.





Com o avançar das horas, ou seja, por volta das dez horas da noite, os jardins do Palácio Kensington são fechados; restando uma rua lateral famosa, onde moram algumas personalidades.









Esta é a entrada da rua privatida "Kensington Palace Gardens" que ligam praticamente os dois bairros e é uma rua aberta aos pedestres, mesmo tarde da noite. 


Fiz muitas vezes este trajeto, só para sonhar!




Na verdade e apesar de toda esta tranqüilidade aparente, passei por uma situação singular em toda a minha estadia na Europa. 
Tive um confronto pessoal antes de chegar a esta famosa e segura alameda. 




Me deparei com alguns "Skinheads", que queriam levar a minha grana e a garrafa de vinho. Mexiam nos meus bolsos, puxavam minha mochila, meu vinho e...enfim, eu já estava meio bêbado, melhor "dead drunk", e acabei enfrentando os indivíduos. Só agiria desta forma estando mesmo muito alterado. Uma atitude imatura e irresponsável, sem calcular os resultados trágicos que esta  poderia causar. Apesar de tudo, ganhei apenas olhos roxos e dores no corpo para o Natal ! Poderia ter sido muito pior, de acordo com as notícias que ouvimos destes grupos racistas.






Quem poderia dizer, que um cara da paz, pacífico como eu, brigaria na rua com um bando de Ingleses loucos por violência, racismo e discriminação; só por uma garrafa de vinho?


Hoje, após tantos anos pude perceber que isto só acontecera por eu estar alterado pela bebida e num clima de festa, confiante na segurança londrina.


Em suma: este ano eu comemoro algo muito especial na minha vida. 

"Faço dez anos de serenidade e abstinência !"

Tenho muito orgulho e alegria por chegar tão longe! 
Nunca poderia imaginar as coisas que conseguiria realizar com minha sobriedade.

Feliz aquele que tem FÉ em DEUS e acredita em si mesmo. 


Só por hoje!